domingo, 11 de março de 2012

Gianecchini fala em CARAS que "quando você se depara com a morte, não dá pra ficar pensando muito no amanhã"

Recuperado da quimioterapia que enfrentou por conta de um câncer raro, Gianecchini prova estar otimista com a vida e coleciona lições após a doença. “Agora estou muito mais interessado no ser humano”, declarou.
  

Prestes a voltar aos palcos com a peça Cruel, nove meses após descobrir um câncer raro e passar por um difícil tratamento, Reynaldo Gianecchini (39) disse em entrevista à Sandra Annemberg (43) que se sente em um recomeço. "Parece que você está fora de forma, mas não. É tanta vontade de estar aqui com tudo, inteiro".

“O que mais tenho vontade é chegar e agradecer todo mundo que me escreveu ou mandou presente, torceu por mim”, acrescentou. “Eu li tudo. Não dava tempo pra responder, mas eu li tudo o que chegou pra mim. Acho que tudo que eu falar nunca vai ser o suficiente para agradecer”.

Durante a conversa, exibida no Jornal Hoje deste sábado, 10, ele contou ainda que se considera curado, mas sempre respeitando os limites de seu corpo. “Não dá para ter medo. Tive que encarar de frente o meu inimigo. Eu sou movido a desafios. Encarei a doença como um desafio”, disse.

Emocionado, Gianecchini afirmou que no momento em que fazia terapia, não conseguia traçar planos para o seu futuro, já que tudo era incerto. “Quando você se depara com a morte, não dá para ficar pensando muito no amanhã, é viver o presente”.

Visual de guerreiro

Quando teve que dar adeus às madeixas de galã, Gianecchini mostrou-se – mais uma vez – otimista. Sem se desesperar com o fato de raspar os cabelos, o ator viu na consequência da doença, uma oportunidade de mudar o visual, algo que sempre desejou quando encerrava um personagem em novela. “Quando eu raspei eu disse: poxa! Até que enfim. Olhei no espelho e achei maneiro. Não tanto por achar bonito, mas porque tinha a ver com um visual de guerreiro”, afirmou.

Após o câncer, as lições. E isso, Reynaldo soube valorizar muito bem. “Agora estou muito mais interessado no ser humano. Em ouvir, em ver, em trocar com as pessoas”, concluiu.