sábado, 14 de agosto de 2010

Caderno do Aluno Biologia – 3a série – Volume 2

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
A DIVERSIDADE DAS PLANTAS

Para começo de conversa - Página 3


1. A intenção desta questão é introduzir o assunto. Utilize a resposta para avaliar o conhecimento da turma sobre o tema. Os alunos geralmente citam funções na alimentação, mas alguns também falam da sua importância para os ambientes. Não discuta essas questões neste momento; peça apenas aos alunos que anotem suas respostas. Depois destas atividades, eles podem retomar suas respostas.
2. Dificilmente nos lembramos de que elementos comuns do nosso cotidiano, como o papel e o pão, um dia fizeram parte de um organismo vivo. Neste momento da atividade, pode-se ajudar os alunos citando esses exemplos. O papel desta folha de caderno, por exemplo, é composto de fibras de celulose que foram extraídas de uma árvore conhecida como eucalipto, nativa da Austrália e cultivada no Brasil, principalmente pelas indústrias de papel; o pão, muitas vezes, é feito de trigo, planta que, assim como os capins e gramas em geral, é da família das gramíneas. Lembre-os de que não podemos considerar as plantas apenas sob um ponto de vista utilitarista, pois elas não existem apenas para “servir” ao ser humano.
3. Para realizar a tarefa proposta, os alunos poderão pedir ajuda a pessoas da
comunidade escolar, como funcionários e outros professores, familiares ou amigos que conheçam nomes populares e/ou científicos de plantas.
É bem verdade que talvez os alunos não saibam muitos nomes populares; muitas vezes eles usarão termos gerais, como mato, flor, árvore, planta. É preciso alertá-los quanto à inadequação de tais designações e esclarecê-los de que cada tipo de organismo pertence a uma espécie diferente e que, por isso, pode ser identificado pelo seu nome popular ou científico. Lembre ainda os alunos de que todas as plantas fazem parte do Reino Plantae e também de que, de acordo com a proposta de Lynn Margulis, as algas verdes pertencem ao Reino dos Protoctistas.
4. Resposta pessoal, mas é necessário incentivar os alunos a refletir sobre a repetição de alguns nomes e ao respeito da dificuldade de não conseguir identificar todas as plantas encontradas.

Páginas 4 - 5
1. A presença de clorofila dos tipos A e B.
2. Não, somente as angiospermas.
3. As traqueófitas são as pteridófitas, as gimnospermas e as angiospermas. Em
anatomia botânica, traqueia significa elemento condutor de seiva, ou vaso. As
traqueófitas são assim chamadas porque possuem vasos condutores de seiva.
Portanto, são classificadas também como vasculares. As briófitas, que não possuem vasos condutores, são atraqueófitas ou avasculares.
4. Nas briófitas não há vasos condutores de seiva, o que limita o tamanho dessas plantas, e o transporte de água ocorre por difusão. As pteridófitas, por outro lado, são plantas de maior porte, pois apresentam vasos condutores, o que torna mais eficiente o transporte de líquidos e nutrientes

Página 5
Grupos Algas verdes Briófitas Pteridófitas Gimnospermas Angiospermas
Exemplos Alface-domar Musgo Samambaia ou avenca Pinheiro, araucária Violeta, feijão, rosa, manga etc.

Porte (tamanho) Pequeno,médio ou grande

Habitat Aquático Terrestre
úmido (geralmente)
Terrestre, em geral, úmido
Maioria terrestre
Características vegetativas, forma e presença de estruturas, como caule, folha e raiz
Não possuem caule, raiz e folha verdadeiros.
Não possuem caule, raiz e folha verdadeiros.
Possuem caule, raiz e folha verdadeiros.
Possuem caule, raiz e folha verdadeiros.
Possuem caule, raiz e folha verdadeiros.
Características reprodutivas, formas e estruturas relacionadas à reprodução
Reprodução assexuada ou sexuada.
Alguns ciclos de vida com alternância de gerações.
Reprodução sexuada dependente da água.
Reprodução assexuada ou sexuada.
Ciclos de vida com alternância de gerações.
Reprodução sexuada dependente da água.
Reprodução assexuada ou sexuada.
Ciclos de vida com alternância de gerações.
Presença de esporos.
Reprodução sexuada dependente da água.
Reprodução assexuada ou sexuada. Ciclos de vida com alternância de gerações.
Presença de estróbilos e grãos de pólen.
Reprodução assexuada ou sexuada. Ciclos de vida com alternância de gerações.
Presença de grãos de pólen, flor e fruto.

Páginas 6 - 7
1. Alternativa a.
2. Alternativa a.
3. Alternativa d.
4. As angiospermas, as flores coloridas e, muitas vezes, perfumadas, atraem os agentes polinizadores que promovem a fecundação cruzada. Os frutos auxiliam na dispersão dos embriões.
No final da Era Mesozoica (245 milhões de anos a 65 milhões de anos atrás), ocorreu a extinção em massa mais bem estudada pelos cientistas. Encontraram-se evidências de tal extinção em várias regiões do globo e a conclusão é de que tenha afetado quase todos os grupos de plantas e animais. Alguns deles, como dinossauros e amonites, foram levados à extinção. É

importante destacar que, além desta que se deu na transição entre o Cretáceo e o Terciário, outras extinções em massa ocorreram na história evolutiva do
planeta. Vários são os fatores que podem contribuir para as extinções em massa e este assunto será abordado no volume 3. A proposta aqui é que o aluno retome as características da paisagem nos períodos Triássico e Jurássico e procure identificar as modificações provocadas após o aparecimento das angiospermas.
Os alunos devem encontrar em sua pesquisa que as angiospermas surgem no início do último período da Era Mesozoica, o Cretáceo, há aproximadamente 140 milhões de anos, e que no final deste período também surgem os mamíferos. Eles registrarão ainda que antes das angiospermas as florestas eram formadas basicamente de cicadáceas e coníferas (gimnospermas), além de pteridófitas arborescentes, todas sem flores. Neste momento, o espalhamento das angiospermas favorece e é favorecido pelo desenvolvimento dos insetos
polinizadores. A paisagem muda e as angiospermas contribuem para o desenvolvimento de florestas mais complexas, densas. Agora, pode-se perguntar a eles: será que essas características podem ter contribuído para a extinção dos dinossauros? Promova o debate.
Muitos cientistas acreditam ser esta apenas uma coincidência, já que a diferença de tempo entre o aparecimento das angiospermas e a extinção dos dinossauros é de cerca 65 milhões de anos, tempo demais, não acha?
Esta é uma das questões que não podemos concluir.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
OBSERVANDO O DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS

Para começo de conversa - Página 8

1. Normalmente, os alunos conhecem pouco as características do feijão. Assim, será preciso complementar as informações, relatando que se trata de uma planta amplamente cultivada, em razão da sua composição nutricional e utilização na alimentação. Ela faz parte do grande grupo conhecido como angiospermas, plantas com flores e frutos, e pertence à espécie Phaseolus vulgaris. Além disso, o grão que consumimos é uma semente, que foi extraída de um tipo de legume (fruto em forma de vagem), característico da família Leguminosae. Se achar conveniente, abra junto com os alunos uma semente de feijão para estudar sua estrutura e organização e identifique o tegumento e a amêndoa. No caso do feijão, a amêndoa é constituída pelo embrião, já com os cotilédones, a radícula, o caulículo e a plúmula.
2. Conceituar germinação não é assim tão simples. Os agricultores só consideram que a planta germinou quando esta rompe a superfície do solo. Para os fisiologistas isso
ocorre quando o metabolismo é ativado e o embrião sai do seu estado dormente, ou quiescente. Para os botânicos, no entanto, a germinação acontece quando alguma parte do embrião cresce e emerge do interior das sementes. Então, vamos levar em consideração a definição dos botânicos, isto é, uma semente germinou quando sua radícula rompe o tegumento.
3. O embrião no interior da semente tem o seu desenvolvimento retardado, até que ele amadureça e tenha condições ideais para germinar. A retomada do desenvolvimento do embrião, ou germinação, depende de muitos fatores internos e externos. Entre os externos estão a água, o gás oxigênio e a temperatura. Sementes fotoblásticas têm sua germinação também controlada pelo fator luz. É o caso de certas variedades de alface e de muitas epífitas de nossas matas. Podemos ainda citar as sementes que possuem fotoblastismo negativo, isto é, só germinam em total ausência de luz, como, por exemplo, algumas variedades de melancia.

De certo modo outros fatores, como o vento, as substâncias minerais do solo e a
gravidade, entre outros, também interferem no desenvolvimento das plantas.
A água, no entanto, é uma das condições básicas para germinação e crescimento, pois em geral as sementes possuem pouca quantidade de água, entre 5% e 20%, e assim é necessário que a semente absorva água suficiente para suas atividades metabólicas. Depois da absorção de água, as enzimas tomam a iniciativa, digerindo os nutrientes necessários para o desenvolvimento do embrião.


Páginas 8 - 10
Selecione algumas condições sugeridas pelos alunos e os divida em grupos para
testar algumas destas condições. Os grupos deverão propor experimentos para testá-las, seguindo a metodologia científica, ou seja, com base em uma pergunta ou hipótese, os alunos planejarão um experimento, desenvolverão uma metodologia e farão o registro e a análise. Auxilie os grupos no planejamento. Depois de realizados os experimentos, é preciso ajudá-los a comparar os seus resultados os dos outros grupos que também testaram a mesma condição.
1. Comumente, neste exercício, os alunos identificam a água, a temperatura e o gás oxigênio como os fatores básicos para a germinação. Como o feijão não é uma semente fotoblástica, a luz não é necessária para a germinação em si (para o desenvolvimento da radícula), mas é fundamental para o seu desenvolvimento.
2. Porque não há água; assim, as sementes podem ficar longos períodos em
“dormência”, ou seja, em um estado de inatividade que pode ser quebrado quando ocorrer uma condição favorável para o seu desenvolvimento.
3. A proposta do aluno pode ser um experimento como este: deixar algumas sementes com água e luz; e outras com água e sem luz.
4. A reserva energética vem dos cotilédones da própria semente.


Com base no experimento, responda às questões


Páginas 11 - 12

1. Resposta variável, a qual pode ser demonstrada com um gráfico de barra, conforme este modelo para o tamanho:
2. O grupo 1. Aproveite para discutir com seus alunos que o grupo-controle é vital para o estudo de uma variável, pois nele não se aplica o fator, ou seja, a variável estudada.
3. O grupo 2 teve um crescimento menor e apresentou menos folhas, o que pode ser explicado pelo fato de a areia ter menos nutrientes do que a terra adubada. Embora essas plantas realizem fotossíntese para o seu desenvolvimento, os nutrientes básicos são fundamentais para diversas das suas funções internas, e a falta deles pode ser prejudicial a elas.
4. O grupo 3 cresceu mais, mas as folhas e o caule ficaram amarelados. Nessas
condições de ausência de luz, a planta tem um maior desenvolvimento em altura, porque com isso ela pode procurar uma região iluminada com mais rapidez.
5. O grupo 4 cresceu em direção à área iluminada, porque assim pôde alcançar a luz para a realização de fotossíntese. Neste ponto da questão, aproveite para abordar com seus alunos o nome do crescimento por eles pesquisado, o “fototropismo positivo”.
6. A presença de água em um grupo e a ausência de água alternada no outro.

Página 12
Esta questão é muito complexa. Para entender a influência dos fatores externos, os alunos devem, inicialmente, diferenciar a forma de obtenção da matéria orgânica em seus vários estágios de desenvolvimento. Na germinação, o primeiro estágio, a plântula utiliza-se de substâncias de reserva para o seu crescimento e desenvolvimento e, depois, inicia os processos de fotossíntese responsáveis pela produção de matéria orgânica.
Neste ponto, em seus textos os alunos devem identificar a luz, a temperatura, o gás oxigênio, a água e os minerais como alguns dos fatores básicos para as plantas e relatar como estes influenciam os seus processos metabólicos e, portanto, o seu crescimento e desenvolvimento. A presença de luz é um bom exemplo, pois, quando as plantas são colocadas em um ambiente sombreado, ou no escuro, seu crescimento é mais rápido.
Entretanto, como não podem realizar a fotossíntese, suas folhas ficam pequenas e amareladas e elas ficam fracas e quebradiças. Há mais informações sobre esse processo na resposta da questão 3 da página 8 do Caderno do Aluno.

Página 12
1. Alternativa c.
2. A fecundação por meio do tubo polínico, o que representa a não dependência de águapara este processo; a ocorrência de fruto que protege a semente e o embrião; o fato de a semente conter reservas nutritivas que garantem o início do desenvolvimento embrionário; e a grande capacidade de disseminação das sementes.

Página 13
O papel do solo no desenvolvimento das plantas
O solo possui características que interferem no desenvolvimento das plantas, que se dele para fixar-se e retirarem a água e os nutrientes minerais necessários a sua sobrevivência. A composição e compactação do solo determinam sua textura, a qual interfere nas relações entre o ar, a água, os nutrientes e a temperatura, fatores que influenciam a germinação e o desenvolvimento dos indivíduos. As condições de pH (ou a determinação de alcalinidade e acidez) do solo também constituem outro fator importante, na realidade este é um dos fatores que mais influenciam o desenvolvimento das plantas, e estas, por sua vez, apresentam necessidades diferenciadas quanto ao solo.
Nesse aspecto, os alunos podem relacionar os diferentes tipos de plantas às
características de solo necessárias ao seu desenvolvimento. Por exemplo, o girassol é uma planta que possui sistema radicular profundo, com raízes sensíveis à compactação do solo e à presença do alumínio, isto é, eles não se desenvolvem bem em solos muito compactos e são pouco exigentes em nutrientes. O potássio, o nitrogênio e o fósforo estão entre alguns dos elementos cuja presença limitam o desenvolvimento dos girassóis, que se desenvolvem melhor em solos alcalinos, superior a 5,2 em CaCl.
Após a apresentação da pesquisa, os alunos devem identificar os fatores
compactação, umidade, presença de nutrientes minerais e pH como as características do solo que interferem no desenvolvimento das plantas e devem ser conhecidos antes do início de qualquer cultura.


SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
DIVERSIDADE NO REINO ANIMAL


Para começo de conversa - Página 13

• Os animais são multicelulares, heterotróficos e possuem células eucarióticas. Há, também, características embriológicas comuns a todos os animais.

áginas 13 -15
1. Resposta variável.
2. Resposta variável, mas a análise deste esquema deve gerar uma discussão com os alunos sobre a evolução dos grupos animais.
3. São os poríferos, as esponjas marinhas, pois estes não possuem sistemas e tecidos.
Provavelmente muito semelhantes aos primeiros animais.
4. Todos, menos os dos poríferos. O sistema digestório pode ser completo ou fechado e é o responsável pela ingestão, pelas modificações físicas e químicas dos alimentos e a posterior absorção dos nutrientes para que sejam utilizados pelo organismo.
5. Assimétricos: esponjas marinhas (Poríferos).
Simetria radial: água-viva, anêmonas e estrela-do-mar (Cnidários e Equinodermos).
Simetria bilateral: os demais.
A simetria bilateral facilita a locomoção, a obtenção de alimento, a organização do sistema sensorial etc.
6. Os grupos de animais podem ter reprodução assexuada e sexuada; entretanto alguns grupos têm somente a sexuada. Na sexuada reprodução, há a junção de gametas, o que não ocorre na reprodução assexuada.
7. Filo Porífero Cnidário Platelminto Nematódeo Anelídeo
Exemplo
Esponja marinha Anêmona e Agua-viva Planária de água doce Lombriga Minhoca
Nutrição Heterotrófica Heterotrófica Heterotrófica Heterotrófica
Habitat Aquático Aquático Aquático, parasita Parasita, aquático ou terrestre
Terrestre úmido
Simetria Assimétricos Radial Bilateral Bilateral Bilateral
Tecidos Ausentes Presentes, duas camadas Presentes, três camadas, celomados
Presentes, três camadas, celomados Presentes, três camadas, celomados Mobilidade Séssil Móvel ou séssil
Móvel Móvel Móvel
Sistema digestório
Ausente Ausente Presente incompleto

(presença de boca) Presente completo
(boca e ânus) Presente completo (boca e ânus)
Sistema nervoso Ausente
Forma de rede
Presente Presente Presente
Sistema excretor
Ausente Ausente Presente Presente Presente
Respiratório Ausente Ausente Ausente Ausente Presente/cutânea
Circulatório Ausente Ausente Ausente Ausente Presente/fechado
Reprodução Assexuada e sexuada Assexuada e sexuada Assexuada e
sexuada Sexuada Sexuada

Filo Molusco
Artrópode (inseto)
Artrópode (aracnídeo)
Equinodermo Cordado – Vertebrado
Exemplo Caracol terrestre e lula
Barata
Aranhacaranguejeira
Estrela-domar
Perereca, tubarão, lagarto, bemte-vi, chimpanzé e orca
Nutrição Heterotrófica Heterotrófica Heterotrófica Heterotrófica Heterotrófica
Habitat Aquático ou terrestre úmido
Terrestre Terrestre Aquático Terrestre
Simetria Bilateral Bilateral Bilateral Bilateral Bilateral
Tecidos Presentes, três camadas,
celomados Presentes, três camadas, celomados Presentes, três camadas,
celomados Presentes, três camadas, celomados Presentes, três camadas,
celomados Mobilidade Móvel Móvel Móvel Móvel Móvel
Sistema digestório Presente completo (boca e ânus)
Presente completo (boca e ânus)
Presente completo (boca e ânus)
Presente completo (boca e ânus)
Presente completo (boca e ânus)
Sistema nervoso
Presente Presente Presente Presente Presente
Sistema excretor
Presente Presente Presente Presente Presente
Respiratório Presente/ brânquias ou pulmões Presente/ traqueal Presente,
pulmões foliáceos Presente, branquial reduzido Presente, brânquias ou
pulmão
Circulatório Presente/ fechado Presente/ aberto Presente/ aberto Presente/ aberto reduzido Presente/ fechado
Reprodução Sexuada Sexuada Sexuada Sexuada Sexuada

Páginas 15 - 16


1. Sistema nervoso: é o principal regulador das funções orgânicas e tal controle é
realizado por meio de impulsos nervosos. Apresenta as funções: sensorial, motora e associativa.
Sistema circulatório: é o responsável pela distribuição de elementos essenciais para todas as partes do organismo, assim como a remoção de gás carbônico e outros resíduos dos tecidos.
Sistema respiratório: é o que proporciona as trocas gasosas entre o organismo e o meio. Proporciona a obtenção de gás oxigênio e a eliminação de gás carbônico
(hematose).
2. Durante o desenvolvimento embrionário, por meio de mitoses sucessivas, o zigoto origina blastômeros, que, organizados de forma compacta, recebem o nome de mórula, da qual se originam a blástula, a gástrula e a nêurula. As características relacionadas ao desenvolvimento dos organismos são importantes para a compreensão da evolução dos grupos. Tais características podem ser utilizadas para relacionar os grupos de seres vivos:
a) Número de folhetos germinativos.
• Diblásticos (dois folhetos: ectoderma e endoderma) – cnidário.
• Triblásticos (três folhetos: ectoderma, endoderma e mesoderma) – de
platelmintos a cordados.
b) Origem da boca (blastóporo).
• Protostômios (blastóporo origina a boca) – cnidário a artrópodes.
• Deuterostômios (blastóporo origina o ânus) – equinodermos e cordados.
c) Cavidade interna (celoma).
• Acelomados (três camadas cavidade ausente). Ex: platelmintos.
• Pseudocelomados. Ex: nematódeos.
• Celomados. Ex: de moluscos a cordados.
A utilização de figuras que demonstrem as etapas do desenvolvimento embrionário pode ajudar os alunos a identificar as características indicadas.

Página 16
1. A presença de coluna vertebral, crânio, mandíbula, quatro membros etc.
2. Subgrupo Características
Anfíbios Pele úmida, ectotérmico
Peixes Esqueleto ósseo ou cartilaginoso, aquáticos, respiração branquial, presença de escamas
Mamíferos Presença de pelos e glândulas mamárias, endotérmicos
Aves Presença de penas, endotérmicos
Répteis Pele queratinizada, presença de ovo com casca
3. Os ectotérmicos (peixes, anfíbios e répteis), em geral, apresentam menor atividade em dias frios, o que não ocorre com os endotérmicos (mamíferos e aves), que mantêm a temperatura constante do corpo independentemente do ambiente externo e são ativos em dias frios e quentes.

Páginas 17 - 18
1. Alternativa b.
2. Alternativa e.
3.
a) Simetria radial: medusa (água-viva) e coral. Esponjas são assimétricas. Os que têm simetria bilateral são a planária, a minhoca e o besouro.
b) Na simetria bilateral, existe um eixo principal que divide o animal em duas
partes. No caso da simetria radial, esse eixo não existe, podendo o animal ser
dividido em múltiplos planos de corte que passam pelo centro geométrico do corpo.
c) Porque a larva da estrela-do-mar apresenta simetria bilateral e, depois, na fase adulta, a estrela-do-mar passa a ter simetria do tipo radial.
4. a) A dos insetos.
b) O esqueleto externo, que oferece proteção, e as asas, que permitem a exploração de diversos e novos ambientes.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
NUTRIÇÃO HUMANA: DIGESTÃO, RESPIRAÇÃO E
CIRCULAÇÃO

Para começo de conversa - Página 19
• Resposta pessoal, embora os alunos geralmente citam os alimentos e o gás oxigênio como fundamentais para a realização das atividades. Identificam ainda os órgãos dos sistemas digestório, respiratório e circulatório como necessários para a realização dessas atividades, mas não aprofunde a discussão neste momento.

Páginas 19 - 20
1. Cardiovascular: responsável pela condução, distribuição e remoção de diversas substâncias no corpo.
Digestório: responsável por obter os nutrientes necessários às diferentes funções do organismo.
Respiratório: responsável pela entrada e saída de ar do nosso organismo, e faz as trocas gasosas do organismo com o meio ambiente (hematose).
2. Ele sofre transformações físicas e químicas, por meio das quais são obtidas partículas menores que serão absorvidas pelo organismo.
3. É o conjunto de atividades de transformações que ocorrem no interior de nossas células, necessárias para as nossas ações diárias. Metabolismo basal é a energia (medida em calorias) gasta pelo corpo durante o descanso para manter as funções normais. Esse trabalho contínuo despende mais de 60% a 70% das calorias que usamos e compreende o batimento cardíaco, a respiração e a manutenção da temperatura corporal.

Páginas 21 - 23
1. O sistema cardiovascular consiste no sangue, no coração e nos vasos sanguíneos.
Para que o sangue possa atingir as células corporais e trocar materiais com elas, ele deve ser constantemente impulsionado ao longo dos vasos sanguíneos. O coração é a bomba que promove a circulação de sangue por cerca de 100 mil quilômetros de vasos sanguíneos.
Os órgãos do sistema digestório são responsáveis pela ingestão, digestão, absorção de nutrientes e eliminação de partículas não utilizadas pelo organismo. São eles a boca, a faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso, o reto e o ânus. Ainda possui glândulas anexas, como as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas. A boca é responsável pela ingestão e início da digestão de amido. O estômago, pela digestão de proteínas pelo suco gástrico, que é produzido pelas paredes do próprio estômago. A maior parte da digestão ocorre na primeira porção do intestino delgado, o duodeno, sob ação dos sucos intestinais, produzidos pela parede do próprio intestino, e do suco pancreático, produzido pelo pâncreas. A bile auxilia na digestão das gorduras. As duas últimas porções do intestino delgado são responsáveis pela absorção dos nutrientes simples. O intestino grosso absorve água e sais minerais e direciona parte do que não foi absorvido para o reto, a fim de que seja eliminado pelas fezes. Bactérias da flora intestinal permitem a produção de
vitaminas, como a K e a B12.
O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as cavidades nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões. Partes dos pulmões, os alvéolos são responsáveis pelas trocas gasosas entre sangue e ar. A base de cada pulmão apoia-se no diafragma, órgão musculomembranoso que separa o tórax do abdômen, presente apenas em mamíferos, e que promove, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios.

2. Os tecidos são constituídos por células, isto é, tecidos são conjuntos de células
organizados para desempenharem determinada função. Os nutrientes são utilizados pelas células na produção de novas substâncias que integrarão as células e permitirão o seu desenvolvimento e reprodução. Essas novas células são necessárias para as reposições dos tecidos.
Calculando a necessidade energética total (NET)

Páginas 21 - 23
3. Ana Silvana Carlos Antônio Cibele César
GEB 1 379,6 1 300,1 1 651,1 1 893,5 1 527,5 1 612,5
NET 2 510 2 028 3 467 2 935 2 383 2 870
a) Sim, os homens têm mais gasto energético devido à maior quantidade de massa muscular.
b) Ana tem uma atividade física mais intensa, é professora de ginástica, assim,
necessita de maior quantidade de energia.
c) Ela provavelmente vai emagrecer.
d) É esperado que Ana ganhe massa corpórea.
e) Funções do metabolismo basal (respiração, circulação, funcionamento de órgãos vitais).

Páginas 23 - 26
Neste exercício, os alunos devem levar em conta alguns aspectos, tais como ter
conhecimento dos alimentos ingeridos; ingerir os alimentos de cada grupo de acordo com a pirâmide; verificar a quantidade e a qualidade de gorduras ingeridas; consumir fibras em quantidade adequada; ter uma dieta diversificada.
1. Nutrientes Funções Alimentos ricos neste nutriente
Carboidratos Fornecer energia às células Cereais, massas, doces etc.
Lipídios Fornecer energia às células Manteiga, toucinho, carnes gordas,
amendoim, soja etc.
Proteínas Principais constituintes estruturais das células Carnes, ovos, feijão,
soja etc.
Sais minerais Essenciais para o metabolismo Frutas, verduras, carne, leite etc.
2. a) Produto A, pela quantidade de proteína e cálcio.
b) O produto C. O produto B tem 84 kcal em 120 g e o produto C tem 142 kcal em 30 g, portanto o produto C é mais calórico.
c) Cerca de 18 unidades.
d) O produto B apresenta carboidratos em grande quantidade e também apresenta proteínas. Os carboidratos são as principais fontes de energia para o nosso organismo e as proteínas são fontes de energia e de matéria-prima para a sobrevivência do organismo.

Páginas 26 - 27
1. Resposta variável, devendo basicamente conter informações, tais como:
Boca: mastigação – redução dos alimentos em pedaços menores; início da digestão do amido pela amilase salivar, ou ptialina, transformando-o em maltose (duas moléculas de glicose ligadas) e dextrinas (três a quatro moléculas de glicose ligadas).
Estômago: início da digestão das proteínas pela enzima pepsina, que produz
pequenas cadeias de aminoácidos chamadas oligopeptídios. Os carboidratos e as gorduras não sofrem transformações no estômago.
Intestino delgado: completa-se a digestão dos carboidratos e das proteínas e ocorre a digestão dos lipídios. No intestino delgado atuam o suco entérico (ou intestinal) e o suco pancreático (produzido pelo pâncreas). As principais enzimas do suco entérico são as peptidases, que atuam na digestão dos oligopeptídios, transformando-os em aminoácidos, e as carboidrases, que atuam na digestão da maltose e da sacarose. As principais enzimas do suco pancreático são a tripsina, que digere proteínas, a lípase pancreática, que digere os lipídios que foram transformados em gotículas microscópicas pelos sais biliares da bile, e a amilase pancreática, que digere carboidratos como a amido e o glicogênio.
Os carboidratos, proteínas e lipídios que entraram no sistema digestório pela boca estão transformados no duodeno em moléculas pequenas que podem ser absorvidas pela parede do intestino delgado. Os carboidratos foram transformados em glicose, as proteínas, em aminoácidos, e os lipídios, em ácidos graxos e glicerol.


2. Suco digestivo Enzimas pH ótimo
Local de atuação
Substrato digerido
Saliva Amilase salivar Neutro, pouco alcalino
Boca Polissacarídio
Suco gástrico Pepsina Ácido Estômago Proteínas
Suco pancreático
Tripsina Alcalino Intestino delgado
Proteínas e peptonas
Suco pancreático
Amilopsina Alcalino Intestino delgado Polissacarídio
Suco pancreático
Lípase Alcalino Intestino delgado
Lipídios
Suco entérico Lactase Alcalino Intestino delgado Lactose
Suco entérico Sacarase Alcalino Intestino delgado
Sacarose Suco entérico Aminopeptidase Alcalino Intestino delgado Peptídios
(oligopeptídios)


Páginas 27 - 28
1. Alternativa c.
2. Arroz: carboidrato; carne: proteína; salada: sais, vitaminas e fibras.
O amido presente no arroz será digerido por enzimas na boca e no intestino delgado, transformando-se em glicose. As proteínas presentes na carne serão digeridas por enzimas no estômago (suco gástrico) e no intestino delgado (suco entérico e pancreático) e, então, são transformadas em aminoácidos.
3. Alternativa a.
4. a) No estômago, porque no estômago há o suco gástrico, que possui ácido.
b) A amilase salivar; na boca.
c) Elas não funcionariam, pois as proteínas desnaturariam e perderiam sua função.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
A REPRODUÇÃO EM ANGIOSPERMAS E EM HUMANOS

Para começo de conversa
Página 29
1. Reprodução significa produzir novamente, isto é, copiar-se.
2. São duas as formas de reprodução: a sexuada e a assexuada. O brotamento nos poríferos e a bipartição em bactérias, por exemplo, são formas de reprodução assexuada, enquanto quase todos os organismos se reproduzem sexuadamente.
Bactérias e protozoários, embora não produzam gametas, trocam material genético.
Em todos os grupos de plantas é possível encontrar tanto a reprodução assexuada e como a sexuada.
3. Não, só as angiospermas, nas quais as flores têm função reprodutiva.

Páginas 29 - 30
1. O texto cita a fertilização, também conhecida como fecundação, que é a união das células reprodutoras (gametas).
2. Os alunos devem abordar os processos de produção e dispersão dos gametas (células reprodutoras).

Páginas 30 - 32
a) Os óvulos e os grãos de pólen . Neste caso, cada grão de pólen é normalmente
constituído por uma célula haploide. Esta se multiplica por mitose e gera o tubo
polínico, que origina dois núcleos que participam do processo de fecundação. O
óvulo contém a oosfera. Converse com os alunos durante a correção.
b) A célula feminina, nos ovários; e o grão de pólen, na antera.
c) A fecundação ocorre no ovário da flor.

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1. Polinização é o transporte do pólen da antera ao estigma. Os alunos devem relacionar o perfume, a presença do néctar e até o formato do pólen aos processos que garantem o transporte: a água, o vento ou os animais, como insetos, aves etc. Os alunos também identificarão a formação do tubo polínico, a do zigoto e a do núcleo triploide (3n), bem como do zigoto vai se desenvolver embrião e do núcleo 3n o endosperma .
2. Os alunos devem perceber que, na maioria dos casos, os ovários se desenvolvem, transformando-se em frutos.
3. Os alunos vão notar que os zigotos se desenvolvem em embriões, que ficam
localizados no interior das sementes.

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Estrutura Angiospermas Seres humanos
Feminino Masculino Feminino Masculino
Gametas Gerado pelo óvulo* Gerado pelo
grão de pólen*
Óvulo Espermatozoides
Produção de gametas
Ovários Antera Ovários Testículos
Transporte do gameta masculino
Polinização até o estigma. O grão de pólen se desenvolve em tubo chamado de polínico, que cresce até chegar ao ovário.
Pênis transporta o espermatozoide para o corpo feminino; e, dentro da mulher, o espermatozoide “nada” até o óvulo.
Fecundação e formação do zigoto

O tubo polínico transporta o núcleo espermático, o qual fecunda a oosfera, que está dentro do óvulo.
O óvulo é penetrado pelo espermatozoide nas tubas uterinas.
* O óvulo contém a oosfera e o pólen, os núcleos polares ou espermáticos.

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Identificar a atuação sobre o tubo polínico.

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1. a) O óvulo contém o gameta feminino (oosfera), dentro do ovário. Após a
fecundação da oosfera pelo núcleo espermático do tubo polínico, o óvulo origina a semente, que contém o embrião (2n) e o endosperma de reserva (3n). O fruto então é originado com o desenvolvimento do ovário fertilizado.
b) As sementes são produzidas pelas plantas que produzem flores: as angiospermas.
Estas sementes garantem a proteção do embrião e contribuem para a dispersão desses vegetais no ambiente terrestre.
2.
3. a) Não. Pinheiros (gimnospermas) e ipês (angiospermas) são plantas produtoras de grãos de pólen, enquanto os musgos e as samambaias formam esporos.
b) Algumas plantas como as samambaias produzem esporos, os quais germinam, formando prótalos, geralmente hermafroditas. E os grãos de pólen germinam formando tubos polínicos.
4. Alternativa c.
5. Alternativa d.
6. Alternativa c.

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1. Quando a célula se divide por mitose, o resultado são duas células iguais, com a mesma quantidade de material genético; quando se reproduz por meiose, o resultado são quatro células, com metade do material genético.
2. Antes da divisão celular, o material genético copia-se. Esse material será misturado ou não, de acordo com o tipo de reprodução.
Os gametas são produzidos por meiose, que separa os cromossomos homólogos
(pareados) e origina quatro células com metade do material genético. Na fecundação, os pronúcleos dos gametas se fundem, formam um núcleo diploide e o número de cromossomos volta a ser o número próprio da espécie. Há, portanto, uma “mistura” de material genético dos pais.
3. Há a possibilidade da ocorrência de falhas, isto é, pequenos erros no processo de cópia, originando células-filhas não exatamente iguais à célula-mãe. Este é o
conceito de mutação. Tais mutações podem modificar características dos indivíduos ou ser totalmente irrelevantes. Essas mutações ocasionam o aparecimento de novas formas de um gene (alelos), e muitas doenças humanas sérias são decorrência disso.
Quando tais mutações ocorrem nas células germinativas, são transmitidas para as gerações seguintes.
4. Assexuada. A reprodução assexuada produz um grande número de indivíduos
geneticamente idênticos em curto prazo de tempo. Na reprodução sexuada os
organismos são gerados num intervalo de tempo maior e com maior variabilidade.
5. Na reprodução sexuada ocorre mistura de material genético, mas tal mistura não acontece na assexuada. E a reprodução sexuada e as mutações constituem o princípio da variedade das espécies.

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1. A reprodução ocorre de forma assexuada, com o uso de mudas, isto é, gemas
existentes no rizoma que originam novas bananeiras resultantes de bananeiras
preexistentes.
2. O objetivo era conseguir mudas de melhor qualidade, isto é, resistentes a pragas.
3. Não, pois originam plantas diferentes, anãs, de baixa produtividade.
4. A mutação.