terça-feira, 11 de maio de 2010

Professores - Somos Guerreiros!


No dia 1º de abril, durante a greve do magistério, a Folha publicou novo ranking dos salários dos professores brasileiros. Nosso Estado ocupa hoje a 14ª posição no ranking, uma queda de três posições.O salário-base do professor que ministra aulas nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, com jornada de 24 horas semanais, é de apenas R$ 785,50, e o do professor que ministra aulas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e no ensino médio, com jornada de 24 horas semanais, é de R$ 909. O ranking demonstra que tínhamos razão em realizar a greve e em continuar lutando por reajuste.

Neste ano, a retomada do crescimento econômico faz prever um superavit gigantesco. Parte desses recursos poderia ser revertida na valorização dos servidores, sobretudo dos professores, que cumprem uma das mais importantes funções sociais.
Para tanto, o governo deve implementar uma carreira atraente, bem estruturada e estimuladora, construída sobre salários-base adequados e na qual o professor possa evoluir até os mais altos níveis salariais sem que tenha que deixar de lecionar.

Uma carreira justa permitirá realizar algo que há muito não se faz no Estado de São Paulo: planejamento. O processo educativo exige planejamento, estabilidade e continuidade. Não adianta o governofalar em qualidade de ensino se suas políticas vão em sentido oposto.
Com valorização dos professores, salários adequados e condições de trabalho, a escola pública estadual paulista poderá, finalmente, cumprir o papel que a sociedade dela espera.

O artigo é de Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e membro do Conselho Nacional de Educação.

* As informações são da Folha de S. Paulo.